quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estava assistindo o Jornal Hoje ontem e uma reportagem me chamou atenção. Também, como não chamaria? Um deputado federal quer criar uma lei que PROIBA (friso a palavra porque achei uma atitude absurda, a adoção de casais homossexuais).
Devo deixar claro que a idéia surgiu de Zequinha Marinho, um evangélico (não se esqueçam deste nome, pensem conscientemente ao votar). A desculpa (sim, desculpa) dele é que as crianças não sofram constrangimento de ter dois pais do mesmo sexo, dentre outras coisas.
Mas que absurdo ! Tantas crianças que precisam de um lar cheio de amor, proteção e carinho e eles ficam externando o preconceito de uma forma tão inconsequentemente estúpida !
Não é pela cor da pele, não é por ser do mesmo sexo que as crianças sofrerão. Elas precisam de algo que as casas de adoção não podem dar. Uma familia.
Eu odeio o fato dos religiosos misturarem as coisas. Cada um tem direito de pensar o que quiser, mas não tem o direito de interferir na vida de outras pessoas embasados em seus pré-conceitos.
Direitos civis e religião são coisas bem diferentes, por favor Brasil, não misture as coisas
(y)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

28 formas de se assumir lésbica em 2010

1. Ande de mãos dadas com sua namorada. Você já comparou o seu namoro com um namoro hétero? Se a resposta for positiva, você já percebeu o quanto somos travadas em público. E para quê? O que ganhamos ao deixar de viver plenamente nossos namoros? Em 2010, ande de mãos dadas em público, troque selinhos e trate sua namorada como namorada. Vocês merecem.

2. Use um símbolo lésbico/feminista

Mostra que você é consciente, antenada e interessada em conhecer outras sapatilhas. Vale pulseira do arco-íris, símbolo de Vênus, labris...

3. Coloque sua orientação sexual no Orkut

Ou pelo menos tire aquele "heterossexual" de lá. Entrar numa comunidade a favor da diversidade também não machuca ninguém.

4. Conte para sua mãe

Mas esteja preparada para todas as reações. Caso precise de ajuda, um bom lugar é o GPH - Grupo de Pais de Homossexuais.

5. Apresente sua namorada como namorada

Por mais óbvio que pareça, ninguém vai pensar que vocês duas são um casal. E se alguém desconfiar, vai fofocar porque vocês não se assumem. Então, nada melhor para calar a boca dos fofoqueiros de plantão do que dizer a verdade.

6. Vá a um bar ou boate GLS

Você não precisa (nem deve) viver só no gueto, mas é importante conhecer a cultura na qual estamos incluídas. Talvez você pense que hoje a sociedade está mais aberta e que não precisamos mais de locais exculsivamente gays, mas é legal valorizar e respeitar quem veio antes da gente e construiu as bases para o que vivemos hoje.

7. Assista a filmes e seriados lésbicos

Eles são ótimos para dar uma levantada no ego e fazer a gente se sentir mais normal.

8. Pesquise e conheça artistas mulheresTodas nós conhecemos Cássia Eller, Marina Lima e Ana Carolina. E o que mais? Você sabe o que foi o movimento das Riot Grrrl? Já ouviu falar nas bandas Le Tigre e Sleater-Kinney? E as Guerrilla Girls, no mundo das artes? Depende nós o reconhecimento e divulgação da cultura lésbica / feminina / feminista.

9. Viaje com sua namorada e reserve uma cama de casal

Você não quer transar numa cama de solteiro durante a viagem dos seus sonhos, correto? Então deixe a vergonha de lado e exija seus direitos. Você vai adorar a sensação de pedir uma cama de casal para duas garotas.

10. Diga a seu ginecologista que você namora outra mulherAssim suas consultas vão ser direcionadas para a nossa realidade e você ainda está treinando um médico para atender outras lésbicas. Sair do armário para o ginecologista é serviço público!

11. Não aceite professores homofóbicos

Muitas de nós passamos por aulas onde queremos desaparecer para não ouvir tantas frases preconceituosas dos professores. Esse ano, tome uma atitude! Converse com a direção de sua escola/curso, escreva uma carta (pode ser anônima), peça ajuda ao grupo LGBT mais próximo... o importante é não deixar passar sem fazer nada.

12. Vá a uma reunião de mulheres

Você pode ajudar alguém. Mães, artesãs, prostitutas, lésbicas: algum grupo de mulheres pode crescer com a sua presença.

13. Entre no LezLove [ou alguma outra rede de relacionamentos lésbicos como Leskut, e etc]

E saia do armário com segurança para um mundo de meninas lindas e interessantes!

14. Crie um blog

Mais uma forma segura e, para quem precisa, anônima de entrar em contato com outras meninas. Além da rede social, você contribui para uma internet com mais textos de mulheres e ajuda uma penca de garotas que procuram histórias de lésbicas iguais a elas.

15. Para as bissexuais: quando estiver com um homem, seja sincera sobre sua sexualidade

Tem muita lésbica discriminando bissexuais porque acredita que, quando as bis namoram homens, elas "escondem" seu lado homossexual. Seja sincera com seu namorado e desconstrua esse mito.

16. Participe de um grupo LGBTVirtual ou presencial, sempre tem algo a ser feito. Você é boa fotógrafa? É DJ? Escreve bem? Entende de cinema e adoraria montar um grupo para assistir filmes que falem sobre sexualidade? Não importa a sua habilidade: há muito espaço para você!

17. Presenteie sua namorada no dia dos namoradosE seja romântica. Você já comprou flores para sua namorada? É uma delícia ver como os floristas ficam surpresos com uma mulher escolhendo um buquê. Transforme as datas heterossexistas em nossas e comemore o dia das namoradas!

18. Quando perguntarem por um namorado, corrija o gênero. Quem não tem um tio chato que sempre pergunta pelo seu namorado? Em 2010, respire fundo e corrija o gênero: namorado não, namorada.

19. Leve sua namorada em um almoço de família. Talvez sua família não aceite de forma alguma, mas é provável que você tenha um irmão ou primo com quem possa contar. Aproveite o voto de confiança e crie uma relação familiar com essa pessoa. Você amplia a visão de mundo do outro mostrando que lésbicas são normais e ainda ganha um pouquinho de família.

20. Deixe os tabus para trás e leia sobre sexo entre mulheres. Leia, fale sobre isso, assista vídeos. Descubra o que é tribadismo e tesourinha e renda-se ao melhor 69 do universo (tem como encaixar melhor?)

21. Vá a um sex shop

Sozinha, com uma amiga ou com a namorada. Não vai demorar muito para a vendedora perceber que você não está comprando brinquedos para usar com um homem. Caso ela não entenda isso, deixe claro. Ela é uma profissional e, se não sabe, tem que aprender a atender e indicar produtos para lésbicas.

22. Converse com sua irmã mais nova sobre respeitar a diversidadeÉ importante dar o exemplo e fazê-la confiar em você. Fingir que não há nada de diferente com medo de "contaminar" sua irmã com a homossexualidade só deixa vocês mais distantes. Tenha uma aliada!

23. Vá a Parada Gay. O dia da Parada do Orgulho LGBT é, para muitas de nós, o melhor dia do ano. É quando somos livres e podemos dançar, beijar e cantar no meio da rua. Você pode ser o que quiser, tipo festa a fantasia para adultos, só que dessa vez a fantasia é aquela que você usa no dia-a-dia e só tira para a Parada. Tudo de bom!

24. Compreenda a importância dos eventos lésbicos. Você pode achar que os eventos lésbicos só servem para segregar ou rotular, mas entenda a importância da visibilidade feminina/lésbica e respeite os eventos para mulheres. Um pouquinho de união não faz mal a ninguém.

25. Conheça seus aliados. Você sabia que o Cinemark fez uma doação de 10 mil dólares contra o casamento gay? Lembra da polêmica campanha da Martha Suplicy? Saiba onde investir tempo, dinheiro e principalmente seu voto e diga não aos homofóbicos.

26. Procure um grupo religioso que te aceite como você é. Se você é religiosa, sabe como é difícil juntar sexualidade e Igreja. Por isso, muitos grupos cristãos gays são uma excelente alternativa para as meninas que não se sentem acolhidas em suas comunidades de origem. Opções de grupos podem ser encontradas na internet para religiões específicas e também para as não-cristãs.

27. Leia romances lésbicos. Apóie e divulgue a literatura de e para mulheres. Se você prefere contos, tem milhares pela internet.

28. Posicione-se contra a discriminação em qualquer situação. Não deixe a violência e o ódio vencerem. Presenciou uma cena de discriminação, mesmo que só uma frase? Não ouça calada. A chance de termos um futuro mais justo está em nossas mãos.

Um ótimo 2010 para todas, e que cada uma de nós saia (um pouquinho mais) do armário!

Fonte: Rede Lésbica Blog

www.redelesbicablog.blogspot.com